O aumento da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, aconteceu pela terceira vez consecutiva em junho de 2021. Quando o movimento acontece, gera um alerta para pessoas físicas e jurídicas que precisam de recursos utilizando o crédito com garantia imobiliária (CGI) ou capital de giro.
A preocupação faz sentido, pois esse índice está relacionado com os juros de operações de financiamentos e empréstimos. Além disso, ele afeta ainda diversos investimentos — principalmente os de renda fixa.
Quer entender os impactos da Selic em crédito com garantia imobiliária e capital de giro? Acompanhe este post!
A Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sendo considerada a taxa básica de juros do Brasil. É um sistema utilizado pelo Banco Central que dá suporte à economia, a fim de alcançar a estabilidade e crescimento financeiro.
Para isso, utiliza uma taxa de juros padrão que tem impacto nas atividades econômicas do país. Por exemplo, em cenários de inflação alta, a tendência é um aumento da Selic. Assim, é possível frear o consumo e, consequentemente, reduzir os preços — diminuindo a taxa de inflação.
A avaliação sobre como deve ficar a taxa Selic ocorre a cada 45 dias. Desse modo, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) se reúne para analisar a situação da economia e determinar a meta para o indicador.
Entre 2017 e 2020, a Selic foi reduzida em resposta às taxas baixas da inflação e como um estímulo à economia. Contudo, a inflação modificou o comportamento, subindo além do esperado entre 2020 e 2021 — e fazendo com que a Selic passasse a adotar um ritmo de alta.
Essa foi uma medida do Banco Central para reduzir o consumo e, dessa forma, tentar diminuir os preços. Afinal, a inflação costuma afetar a vida da população de forma negativa. Foi o que ocorreu em 2021, especialmente em relação aos alimentos e combustíveis.
O impacto da elevação da Selic se estende ao crédito (empréstimos, financiamentos e compras a prazo), que fica mais caro para pessoas físicas e jurídicas. Isso porque os juros praticados pelas instituições bancárias ficam mais altos quando a taxa básica avança.
Logo, pessoas e empresas se preocupam com o financiamento imobiliário, crédito com garantia de imóvel ou empréstimos para negócios com garantia de capital de giro. Então, como fica essa questão com o aumento da Selic?
Apesar do avanço dos juros nessas operações, o impacto pode não ter muito efeito prático. A explicação é simples: o aumento fica bastante diluído nos juros efetivos, considerando o prazo mais longo de um empréstimo, por exemplo. Além disso, a garantia — no caso do crédito com garantia de imóvel — permite reduzir os juros cobrados.
Como você pôde conferir neste post, o aumento da Selic pode não afetar em grande medida o crédito com garantia imobiliária e capital de giro. Dessa maneira, se você precisa desses recursos junto às instituições financeiras, tenha em mente que ainda vale a pena fazer a contratação!
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